Que massagem é gostosa, relaxante e faz um bem danado, todos nós sabemos. A dúvida é: um bebê também pode receber massagem? Existe algo específico que se possa ou não fazer?
Essas eram as minhas dúvidas quando comecei a pesquisar sobre o tema na internet. Conheci a Shantala em um vídeo no Youtube que me deixou tão fascinada ao ponto de buscar maiores informações a respeito. Através do livro "Loving Hands: The Traditional Art for Baby Massage" do médico Obstetra Frederick Laboyer, obtive o embasamento científico que necessitava para colocar essa técnica em prática.
A Shantala é uma antiga massagem indiana que, infelizmente, não guarda registros de seu surgimento. Foi descoberta e trazida ao Ocidente por Laboyer em uma de suas visitas a Índia. Ele conta que, enquanto andava pelas ruas da cidade de Calcutá, se deparou com uma mãe e seu bebê em um lindo ritual. Ela massageava o bebê de uma forma que ele nunca tinha visto antes. A partir desse dia, ele começou a estudar os benefícios dessa técnica de massagem que, por homenagem, leva o nome dessa mãe indiana.
A Shantala é recomendada a partir do segundo mês de vida. Deve ser uma prática contínua e prazerosa e é importante que seja feita em silêncio ou com música ambiente. Tenha o cuidado de sempre explicar os movimentos ao bebê mesmo que esse ainda não os entenda. Aconselha-se que a massagem seja feita pela mãe como intuito de conectar mamãe-bebê, contudo, nada impede que o pai também participe.
Benefícios da Shantala, segundo Laboyer:
- Fortalece o sistema imunológico. Aumentando as células brancas e vermelhas do sangue;
- Desenvolvimento emocional e motor. Através do contato com a pele;
- Reduz a tensão e a ansiedade;
- Evita o uso de medicação;
- Aumenta a capacidade de combater doenças;
- Melhora o desenvolvimento neurológico ( desenvolvimento psicomotor);
- Promove relações afetivas saudáveis;
- Ajuda a acalmar cólicas e regula o intestino;
- Tonifica os músculos;
- Promove sono regular;
- Ajuda a diminuir a dor de dentição;
- Aumenta a percepção de seu próprio corpo;
- É excelente para os sistemas circulatório e linfático. Uma vez que ativa a circulação sanguínea local, dilatando os vasos periféricos, promovendo assim uma melhor irrigação sanguínea e um melhor retorno do sangue para as veias do coração;
- Atua de forma benéfica por regular a pressão arterial. Aumentando a distribuição de sangue para os órgãos internos, músculos, tecidos e partes do corpo manipuladas;
- Melhora o sistema respiratório. Ajudando o organismo a liberar toxinas;
- Melhora o sistema digestivo do bebê;
- Contribui com o contato afetuoso e aumenta a harmonia entre o bebê e o mundo externo;
- Traz prazer e uma sensação de relaxamento para o bebê.
Eu introduzi a prática da Shantala no meu filho exatamente no segundo mês de vida e foram continuas até ele completar um ano. Hoje, com quase 3 anos, recebe massagens esporádicas que são normalmente solicitadas por ele. Como qualquer coisa na maternidade, a massagem também não tem limite de idade enquanto satisfatório para ambos.
Como é a Shantala na prática:
Como é a Shantala na prática:
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A mãe deve se sentar no chão e com o bebê no colo começar a massagem pelo tórax. É recomendado o uso de óleo próprio para massagem infantil (óleo natural que não contenha petróleo na composição) ou óleo comestível (óleo de uva comprado em mercado de produtos naturais segue como sugestão).
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Com movimentos alternados, a mão direita no ombro esquerdo e a mão esquerda no ombro direito como se formasse um X, deve-se começar a massagem. Realizar pelo menos uma série de 10 vezes em cada parte do corpo em movimentos contínuos e suaves.
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A próxima parte do corpo são os braços. Os movimentos devem ser circulares, começando do ombro até o pulso do bebê.
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Os dedinhos do bebê devem ser massageados um por um, até o final das falanges.
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Depois de terminada a massagem nos pés, vire o bebê de costas e comece a massagear a coluna em um movimento de vai e vem com as mãos.
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Depois da massagem é aconselhável um banho morno por emersão, para tirar o excesso de óleo e deixar o bebê mais relaxado.
“Sim, os bebês tem necessidade de leite,
Mas muito mais de serem amados e receberem carinho
Serem levados, embalados, acariciados, pegos e massageados”
LEBOYER